Sementes ao vento
A
metáfora das sementes jogadas ao vento que caem em diversos lugares – solo fértil,
seco e nas pedras – há eons é utilizada, como, por exemplo, quando Padre
Antônio Vieira usou-a para referir-se às palavras nas Sagradas Escrituras.
Retomo-a
como imagem do amor. Em solo fértil, a flor seguirá o ritmo da natureza e logo
também dará frutos novos; no solo seco, se desenvolverá com dificuldade e
talvez não dê frutos imediatamente e, nas pedras, será ainda mais difícil
germinar. Assim é o amor despendido com o outro.
Há
aqueles que apesar das dificuldades estão abertos e dentro de si o tempo gasto,
as palavras proferidas e o silêncio o farão germinar; ainda há aqueles que a
experiência embruteceu-os um pouco, contudo, de alguma forma, algo fica em seu
coração; e mesmo aqueles com a couraça mais dura , mais reticentes, ainda que
precisem de um tempo maior, a mensagem, o amor está ali, em estado latente e em
algum momento germinará, porque a essência humana é perfeita apesar de para alcançá-la
termos que pouco a pouco ir ultrapassando a couraça fortalecida pelas crenças,
tabus, culturas, etc. Mas quando rompida, o amor entra em ressonância, deixando
claro que apesar do tempo de cada um ser diferente, essa ressonância retorna ao
outro, ao universo.
Adorei esse texto. Ontem vi com a Isa um filme indiano,eu acho que fala do Amor e com o foco totalmente supreendente.: Meu nome é Khan. Veja!
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