Páginas

30 abril 2012

        O segundo círculo do amor é a infância, logo tudo o que recebemos de nossos pais, todos os esforços que lhes custaram: "O que essa criança tá precisando?" É preciso que os filhos reconheçam tudo isso, é preciso aceitar, inclusive se eles tenham cometido erros. É preciso se defrontar com todos esses desafios, sofrimentos, a necessidade de se firmar, já que ao aceitar e assumir isso, eu CRESÇO.
      Olha que importante que o Hellinger afirma: 
                            " A criança procura evitar, às vezes, tomar e agradecer, tornando-se ela própria uma  
                             doadora. Porém, muitas vezes, ela dá algo de errado ou dá em excesso: por exemplo, 
                             quando pretende assumir por seus pais algo que não lhe compete como criança.
                             A criança tem, às vezes, dificuldade em receber, porque o que vem dos pais é tão grande 
                             que a criança não pode retribuir na mesma medida. Então ela prefere tomar menos, para 
                             que não tenha de retribuir tanto." (p.67)
        Significa dizer que algumas vezes os filhos não conseguem suportar o desnível que sentem em relação aos pais, ainda mais quando não têm consciência que a verdadeira compensação provém de transmitir adiante o que receberam deles, para os outros ou as gerações futuras. Ele se refere, aqui, a uma das ordens sistêmicas: o equilíbrio entre o dar e o receber. Em se tratando da relação entre pais e filhos: aqueles são os grandes, estes são os pequenos. Os filhos recebem dos pais e poderão passar adiante, para as próximas gerações, o que receberam. 
       Nesse sentido, muitos vezes a sensação de que não podem retribuir é um dos motivos que os levam a deixar a casas dos pais, geralmente, recorrem às recriminações para adquirir o direito de separar-se deles. Contudo, se os filhos conscientizam-se de que há essa possibilidade de compensação, aprendem a lidar bem com isso, ou seja, " aprendem como lidar com o que receberam e aprendem o que podem fazer com isso. A vantagem dessa atitude é que não precisam negar nada do que receberam dos pais. Podem tomar tudo, porque sabem que o repassarão" (p.67)
         Compreender bem esse segundo círculo do amor e conseguir passar totalmente por ele possibilita que estejamos prontos para uma relação conjugal confiável. Para Hellinger, as dificuldades e os problemas nos relacionamentos ulteriores , em sua maioria, resultam de não terem sido completados os dois primeiros círculos do amor. Vale uma reflexão!
 

29 abril 2012

Os círculos do amor

        Venho estudando, ultimamente, as ordens existentes dentro sistema que regulam as nossas vidas, os nossos destinos, estejamos ou não conscientes disso. Assim, achei interessante trazer, aqui, as colocações de Bert Hellinger acerca dos círculos do amor.
        O primeiro círculo do amor, segundo Hellinger, começa com o amor recíproco de nossos pais, como um casal. Para não correr o risco de alterar a clareza dos escritos dele, irei citá-lo: " Foi desse amor que nascemos. Eles nos geraram e nos acolheram como seus filhos. Eles nos nutriram, abrigaram e protegeram por muitos anos. Tomar deles amorosamente esse amor é o primeiro círculo do amor. Ele é a condição para todas as outras formas de amor. Como poderá alguém, mais tarde, amar outras pessoas, se não experimentou esse amor? Faz parte desse amor que amemos também os antepassados de  nossos pais. Eles também foram crianças e receberam de seus pais e avós o que depois transmitiram a nós. Também eles, através de seus pais e avós, vincularam-se a um destino especial, assim com nós nos vinculamos ao seu destino. A esse destino nós também assentimos com amor. Então olhamos para nossos pais e nossos antepassados e dizemos amorosamente a eles: " Obrigado"." (p.65) 
         Neste capítulo Sobre pais, puberdade, relação conjugal e a arte de tomar, do livro "Um lugar para os excluídos: conversas sobre os caminhos de uma vida", o terapeuta orienta-nos sobre os cinco círculos do amor de maneira didática e, além disso, passa algumas meditações que nos auxiliam nesse trabalho de tomar as nossas origens, a nossa vida, os nossos excluídos. Agradeço a minha amiga Cecília pela indicação do livro e , da mesma forma que recebi tal conhecimento, passo-o adiante para aqueles que o desejem.