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24 março 2012

Teias pelas quais estamos e somos envolvidos.

         Em "Laços para falar em 'nós'", Bauman examina os processos por meio dos quais nós, indivíduos, nos reunimos em configurações maiores. E considera como essas divisões maiores as comunidades ,  formadas por " um grupo de pessoas não claramente definidas nem circusncritas, mas que concordem com algo que outras rejeitem e que, com base nessa crença, atestem alguma autoridade." (p.75) Esses grupos são exemplificados mediante os religiosos, as famílias, os partidos, as organizações, dentre outros. Ali atesta-se uma espécie de regras implícitas ou mesmo explícitas que os mantém integrados.
          O texto torna-se relevante à medida que permite uma leitura materialista e sociológica crítica das interações humanas, contudo, gostaria de ir além dessas questões, retomando a visão sistêmica postulada por tantos teóricos e, dentre eles, Bert Hellinger. Nesse sentido, prefiro pensar no conceito de 'sistema' como a ligação a mecanismos e dinâmicas que se desenvolvem, muitas vezes, em nossas vidas, nas vidas das organizações, enfim, nos grupos existentes e nos quais nos integramos, sem que nos demos conta. São essas relações inconscientemente vivenciadas por nós diariamente. Há uma série de ventos invisíveis determinando nossas vidas, comportamentos e muitas vezes, senão a maioria destas, não nos conscientizamos.
      Quem nunca se sentiu assim: Às vezes é preciso desapegar-se, as palavras se calam, já não há nada a dizer, só a sentir, sentir o quanto em muitos momentos somos envolvidos em teias, em destinos, os quais não conseguimos desatar os nós. E que, impreterivelmente nos vemos envolvidos, conduzidos, sem que consigamos fazer escolhas diferentes. É uma briga que surge no trânsito, a princípio sem grande importância, e que muitas vezes tomam proporções assustadoras; é uma briga entre um casal, iniciada por um comentário bobo de ciúme, mas que toma proporções que geram uma separação, etc.
    Como dentro dessa sociedade materialista podemos solucionar esses dilemas? Não há como. A experiência tem mostrado que essas possibilidades só surgem se uma visão integrada e holística do homem for desenvolvida, do contrário, vemos aí o que se tornou a história humana: uma reprodução moderna da racionalidade do mundo fragmentado, que desconsidera a totalidade. Por consequência, a dualidade segue e as dificuldades de integração das partes se perpetuam.

Por: Daniela Vieira

11 março 2012

O que é a Matrix?

Recebi este texto de uma amiga via e.mail e o achei interessante para refletirmos um pouco, por isso, deixo aqui apenas alguns fragmentos e , na medida do possível, irei colocando-o em partes.


Por Rui Fragassi
Baseado em "Tales from the Time Loop" de David Icke
Revisão: Bernardo de Gregorio

“O conceito matemático de Matriz [= Matrix, em inglês] consiste em uma ordenação adequada de símbolos [normalmente números] no espaço. Em duas dimensões, essas ordenações são chamadas de 'linhas' [na horizontal] e 'colunas' [na vertical]”. 

Somos emanações divinas presentes eternamente no infinito AGORA. Tudo que observamos são nossas criações mentais. Tempo e espaço são conceitos ilusórios que criamos, formando uma prisão, que podemos chamar de 'Matriz'. A única verdade é o Amor Infinito - todo o resto é ilusão. Vamos aos detalhamentos: 

1. Hologramas são projeções de energia ou 'luz' que parece, ao observador, ser uma forma de 3 dimensões, mas na realidade são uma série de códigos e padrões de onda que apenas geram a ilusão de 3D quando um laser emite sua luz sobre esses hologramas. Toda a realidade dos 5 sentidos é uma ilusão holográfica que apenas existe de uma forma 'sólida' porque o cérebro/mente humana faz com que se aparente desta forma. O mundo 3D de paisagens, mares, edifícios e corpos humanos, apenas existe nessa forma quando nós olhamos para ele! Se não ele é uma massa de campos vibratórios e códigos. No filme Matrix, a Matriz é representada, vista de fora, por uma série de números verdes e códigos, enquanto que do interior ela é vivenciada como o tipo de mundo em que nós pensamos que vivemos - montanhas, ruas, pessoas etc. Esta é uma boa analogia.

2. Nós não enxergamos com os nossos olhos, nós enxergamos com o nosso cérebro! No caminho dos olhos até o córtex visual, região cerebral responsável pela “fabricação” da visão (gnosia visual), os lobos temporais editam e reconstroem até 50% ou mais da informação original que entra através da retina e nós apenas “vemos” o que o cérebro, com todas as suas realidades condicionadas, decide o que ele está vendo.

Em “O Universo Holográfico”, Michael Talbot conta-nos que nos anos ‘70 seu pai contratou um hipnotizador profissional para entreter um grupo de amigos. Um dos escolhidos para ser hipnotizado foi um homem chamado Tom e era a primeira vez que ele encontrava-se com um hipnotizador. O que os hipnotizadores de palco fazem é programar as pessoas para acreditarem que elas estão vendo algo ou fazendo algo que, na verdade, não passa de pura invenção. O hipnotizador fez Tom acreditar que existia uma girafa na sala e mais tarde fez com que comesse uma batata crua acreditando que era uma maçã. Essas são confirmações de que o cérebro vê e experimenta o que ele é programado para acreditar o que ver e experimentar. Mas a parte mais interessante da história veio quando Tom foi trazido de volta para o estado de consciência desperta. Logo antes do hipnotizador terminar o estado de transe formal,  ele disse a Tom que quando ele acordasse ele não seria capaz de ver sua filha, Laura. O hipnotizador pediu a Laura para ficar em pé de frente e junto do pai de tal forma que quando ele abrisse os olhos ele estaria olhando no estômago dela. Quando perguntaram a Tom se ele conseguia ver sua filha, ele respondeu que não. Laura se mexeu bastante, mas não deu nenhum resultado. O hipnotizador se colocou atrás de Laura e segurou algo contra as costas de Laura. Para ver esse objeto, Tom teria que ver através de sua filha. O hipnotizador pediu a Tom para dizer o que ele estava segurando em sua mão e, inclinando-se para frente para junto do estômago da filha, ele disse: “um relógio”. Foi-lhe pedido então para ler a inscrição no relógio e ele leu. O hipnotizador confirmou que realmente estava segurando um relógio com a inscrição descrita por Tom. A mente de Tom foi programada para acreditar que ele não poderia ver sua filha e portanto ele não a viu. Além disso, ele pôde ver o que estava atrás dela. Como isso é possível? Nós construímos nossa realidade “aqui dentro” e não “lá fora”.

(...) Uma das mentiras mais enraizadas em nós é o nosso conceito (ilusório) de separação espacial e de tempo. 

Comecemos pelo nosso conceito de tempo: com o conceito de tempo estabelecido na superfície de nosso planeta Terra, todos nós podemos praticar um ato posterior ANTES de um ato anterior, basta cruzar de oeste para leste o “meridiano do tempo”, que cruza o Oceano Pacífico exatamente na localização oposta ao meridiano de Greenwich. Desta forma cria-se uma diferença de tempo entre os atos de quase 12 horas! Que absurdo! Nosso conceito de Tempo é uma tremenda ilusão. Passado, presente e futuro: ilusão! Então, como funcionam todas as coisas, sem o conceito de Tempo? Na realidade só existe o infinito e eterno Presente, o AGORA, com todos nossos conceitos de eventos passados e futuros ocorrendo no eterno Agora, em realidades paralelas simultâneas, criadas por nossas mentes. É exatamente por causa disso que videntes conseguem “ver” e “sentir” acontecimentos “passados” e “futuros”: eles estão presentes no Agora! Reencarnação, portanto, não é um processo de vir e sair deste mundo com o passar do tempo: é mover-se para dentro e para fora de diferentes realidades, todas acontecendo simultaneamente.

Ainda não está convencido sobre a ilusão do tempo? Então considere um dos grandes mistérios que é a predição do “futuro”, que muitos estudos já provaram ser possível. Um exemplo nesse sentido é o “teste da cadeira” proposto pelo vidente holandês Gerard Croiset: investigadores iriam identificar eventos em salas espalhadas pelo mundo que não tivessem assentos numerados pré-alocados. As pessoas sentariam onde quisessem quando elas chegassem ao local do evento. O investigador daria a Croiset um assento particular para ser focalizado semanas antes do evento e ele teria que descrever a pessoa que iria sentar lá durante o evento futuro. Durante 25 anos Croiset descreveu os ocupantes dos assentos com enorme precisão. Dra. Jule Eisenbud, professora clínica na Universidade do Colorado, conduziu um desses testes em 1969. Mais de duas semanas antes de um evento em Denver, Colorado, Eisenbud contactou Croiset na Holanda e deu a ele um assento para “ler”. Croiset disse que o homem que iria sentar naquela cadeira tinha cerca de 1.75m de altura e trabalhava na indústria e com ciência. Em seu trabalho, disse Croiset, ele usava um avental de laboratório que estava manchado com um produto químico esverdeado. Ele disse que o homem tinha os cabelos pretos, penteados para trás, uma cicatriz no seu dedão e um dente de ouro na sua mandíbula inferior. 17 dias depois, este mesmo homem sentou no assento e Croiset estava correto em todos os detalhes, inclusive sobre sua altura. Como isso é possível? O homem “depois” na cadeira e o homem “antes”, antes mesmo que ele inclusive soubesse que ele iria àquele evento, não eram eventos que estavam acontecendo separados por várias semanas: eram eventos concomitantes na eternidade. Eles estavam acontecendo simultaneamente. Eram duas realidades mentais distintas, mas acontecendo no Infinito AGORA!!

4. Uma ilusão só pode controlar você quando você pensa que ela é real. Quando nós observamos nossas experiências diárias nós estamos olhando em um espelho de nós mesmos. Portanto, para mudar seu mundo mude a você próprio. Não culpe os outros, pois isso é aceitar que os outros têm poder sobre sua vida e sobre a realidade que você cria. (...)